Preciso escrever. Pois isto é o que me completa. É o que preenche o meu ser.
A razão da minha vida é a arte de escrever.
Escrevendo digo tudo.
O que penso e o que sinto.
Escrevendo falo a verdade ou até mesmo minto.
Quando não escrevo, me sinto inútil e minha existência se torna fútil.
As palavras não precisam de mim, pois sou um mero escravo delas.
Pois um dia eu perderei o viço. As palavras que escrevo, porém, serão eternamente belas.
Um dia, meu corpo ficará velho e perderá sua utilidade, de palavras, porém, sempre haverá necessidade.
Pois elas sim, são amigas verdadeiras, embora, em alguns casos, também nos faltem.
Todos dão crédito ao escritor, por suas idéias originais.
Mas não deve ser assim, pois o escritor morre, seus vocábulos sim são imortais.
O ser humano, equivocadamente diz que as palavras são o instrumento de trabalho do escritor. Mas eu não penso assim, pois é a elas que dedico meu mais profundo amor.
Não sou eu quem as uso, mas sim sou usado por tais.
Porque um dia morrerei, estes versos, entretanto, para quem os aprecie, serão imortais.
E no dia que as palavras se enjoarem de mim, entrarei em meu caixão e estará decretado meu fim, pois além do verbo “escrever”. O único que consigo conjugar em 1ª pessoa é “morrer”.
