domingo, 19 de abril de 2009


RECADO PRO LULA
Se o acesso onde moro é difícil pra mim, sou cadeirante.
Se o governo concernente a isso é ignorante.
Se fôssemos a maioria, nós seríamos alguém.
Mas somos uma minoria, então somos ninguém.
Por que o Lula não pensa em mim?
Me trata como um anormal?
Por que o Lula não pensa em mim?
Mesmo nessa cadeira a ele eu sou igual.
Por que o Lula me trata assim? Sem nenhuma consideração?
Por que o Lula me trata assim? Mesmo nessa cadeira eu tenho um coração.
Esse governo tão irracional que tem com gente como eu um descaso total, pois ele acha que o problema só atinge a mim.
Mas eu lhe digo que a coisa não é bem assim não.
Por que o Lula não pensa em mim?
Me trata como um anormal?
Mesmo nessa cadeira a ele eu sou igual.
Por que o Lula me trata assim?
Mesmo nessa cadeira eu tenho um coração.

6 comentários:

Danielle Bandeira disse...

Eu sei o que falta a ele, à maioria dos políticos e até mesmo aos "cidadãos": A empatia.

Se cada pessoa fosse um pouco menos egoísta e ao menos se colocasse no lugar do outro, teríamos menos desigualdade em todos os níveis.

Mas vale muito seu grito de desabafo, Bruno. É com pequenas gotas que formamos um oceano.

O poeta Sobre rodas disse...

obrigado Dani

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá Bruno,

Cheguei aqui por indicação do meu namorado que estuda na Poli com você. Fiquei realmente admirada com sua história e forma de passá-la para as pessoas.

Conhece este texto de Arthur Schopenhauer? "Pode-se dizer que existem três tipos de autores. Em primeiro lugar, temos aqueles que escrevem sem pensar. Escrevem a partir da memória, das reminiscências, ou mesmo directamente dos livros dos outros. Esta classe é a mais numerosa. Em segundo lugar, há aqueles que pensam enquanto escrevem. Pensam para escrever. Muito vulgares. Em terceiro lugar, temos aqueles que pensaram antes de começar a escrever. Escrevem simplesmente porque pensaram. Muito raros."

Você é o terceiro caso, muito raro. Não importa a cadeira de rodas, não importa nada. Como você mesmo disse, você é igual.

Igual em dor, igual em amor. Isto o faz um ser humano incrível... e o mais incrível é seu português, sua forma de ver a vida, a forma como você não tem vergonha de se indignar e de colocar para fora seus medos e anseios.

Tenho certeza de que será muito feliz nesta vida... um dia.

Meus parabéns, caso raro.

Luciana

Bruno disse...

Obrigado. Fiquei até emocionado.

Bruno disse...

Obrigado. Fiquei até emocionado.