quinta-feira, 5 de março de 2009

MÁQUINA DO TEMPO
Já escrevi sobre saudade.
Mas acomete-me novamente uma vontade.
De que exista uma máquina do tempo.
Para que eu possa reviver com o dobro de intensidade cada momento.
Reviver a irresponsabilidade,
A falta de formalidade,
As gargalhadas,
As lágrimas derramadas.
As alegrias e dores compartilhadas.
Lembro-me bem até das brigas.
Das pessoas que eram (ou apenas fingiam ser) amigas.
Se pudesse voltar, teria dito às pessoas a quem amava ou até ás a quem odiava tudo que sentia por tais.
Pois no meu coração todas as lembranças desse tempo serão imortais.
Pois apenas agora tenho plena consciência de que tal tempo não voltará.
É. A tecnologia está muito avançada.
Mas não o suficiente para inventar a máquina do tempo, que por muitos, sem sombra de dúvida, é há muito esperada e desejada.
Pois o ser humano não entende o quão único é cada momento.
O quão é importante é não menosprezar seus sentimentos.
Não perder sua espontaneidade.
Na busca tola por felicidade, ele se esquece de dar a cada minuto a devida intensidade.
Esquece-se de dizer o que sente.
Depois lamenta profundamente.
Não se lembra de que máquina do tempo ainda não existe
E do quanto negar-se a viver cada momento, posteriormente o deixará culpado e triste.
A máquina do tempo seria uma via de mão dupla, pois se um lado nos daria a oportunidade de relembrar e reviver cada momento,
Com sofreguidão e intensidade,
Nos faria esquecer o significado de duas palavras que conhecemos muito bem: arrependimento e saudade.

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